Desde o início dessa discussão na Unicamp, o Coletivo Travessia se posicionou totalmente contrário à instalação do Ponto Eletrônico, por entender que, além de ferir a autonomia universitária, trata-se de um mecanismo de “vigiar e punir” que vai piorar ainda mais as relações de trabalho, ampliando o assédio moral na Universidade, e também as disparidades entre os servidores – já que, nos planos da atual gestão, docentes, chefias e pesquisadores não estarão submetidos ao controle eletrônico da jornada. Diferente do que afirma a reitoria, o Ministério Público não exigiu mudança na forma de controle da jornada na Universidade, e sim que a instituição prestasse contas sobre equipamentos que haviam sido comprados com dinheiro público, mas nunca instalados na área da saúde.
Importante lembrar que foi o Travessia Campinas o coletivo que não só pautou como conduziu a greve de 2023 contra o Ponto Eletrônico, que se mostrou uma política mais que vitoriosa: se até agora o PE não foi instalado, diferente do que previa o calendário da reitoria, é porque a mobilização do ano passado cumpriu seu papel de evidenciar os impactos nefastos dessa medida.
O próximo passo é cobrar que os(as) candidatos(as) que irão disputar a reitoria em 2025 se comprometam, em seus programas, a não instalar o Ponto Eletrônico na Unicamp! Nós, do Travessia, vamos trabalhar incansavelmente para que as técnicas e técnicos administrativos não apoiem as chapas que defendam sua instalação – estamos de olho e continuaremos mobilizados contra mais esse ataque à nossa categoria!