📰 FASUBRA Encerra Encontro de Raça e Etnia Focando em Saúde do Trabalhador e Denúncia de Racismo

O projeto capitalista da terceirização destacou o colorismo nas universidades. O serviço terceirizado tem cor.

O Encontro de Raça e Etnia da FASUBRA Sindical, realizado em Brasília, consolidou-se como um espaço vital para a articulação da luta antirracista com as pautas da classe trabalhadora no serviço público federal. O evento abordou temas cruciais que vão desde o letramento racial até a saúde da população negra e indígena.


🏥 Saúde do Trabalhador e Violência Institucional

Um dos painéis de destaque do último dia abordou a Saúde do Trabalhador, com foco nas especificidades da população negra. A discussão chamou a atenção para o racismo institucional que se manifesta na saúde, com ênfase em:

  • Violência Obstétrica: Experiências de mães negras no sistema de saúde.
  • Anemia Falciforme: A necessidade de atenção especializada para essa doença, que afeta predominantemente a população negra, e o combate ao preconceito e à invisibilidade.
  • A urgência de romper com o racismo epistêmico nas universidades, valorizando o conhecimento das religiões de matriz africana (Candomblé e Umbanda) como promotoras de saúde e bem-estar.

🔥 A Denúncia do Coletivo Travessia contra Terceirização Racista

A mesa “Sindicalismo, Classe e Raça: Construindo a Luta Antirracista” foi marcada pela forte denúncia do companheiro Toninho Alves, diretor do STU e ex-coordenador-geral da FASUBRA, representando o Coletivo Travessia.

Toninho Alves apontou o racismo estrutural inerente aos processos de precarização:

“O projeto capitalista da terceirização destacou o colorismo nas universidades. O serviço terceirizado tem cor.”

A fala destaca que a terceirização e a ameaça de autarquização do serviço público universitário aprofundam a segregação racial e a vulnerabilidade, concentrando a população negra nas funções terceirizadas e mais precarizadas.


📢 Protagonismo Negro e Indígena na Luta

O Encontro também contou com a mesa “Ocupação dos Espaços: Participação Negra” e discussões sobre a Luta Indígena e o Protagonismo das Mulheres Negras, reforçando a necessidade de:

  • Políticas institucionais que garantam a representatividade negra e indígena.
  • Fortalecer a presença desses grupos na gestão pública, na academia e, sobretudo, no movimento sindical.